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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Poemas

Olhos IV



Os olhos que tudo vêem
São os mesmos que nada temem
-Piscada-
E tudo é belo ao novo olhar
E tudo é chato ao velho olhar
-Piscada-
Mas nada permanece no olhar
Pois, olho que é olho,
-Piscada-
Sempre há de piscar

-Piscada-
-Olhar diagonal superior reflexivo-


Raul Machado
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Amores de Madrugada



Foi a esquina,
Por ser mais poética que a reta,
Quem assistiu à assassina
Fingir cara de perplexa

E os postes
Mirando o dia seguinte
Não viram as mortes
Que suplicavam como pedintes

Ao nascer do sol
Minha vítima enfim caiu
Debaixo de colorido guarda-sol
E na fumaça da ressaca,
Alguém sumiu.


Raul Machado

Floripa Instrumental - Divulgação

Quando: De 30 de Abril a 03 de Maio
Onde: Praça da Freguesia do Ribeirão da Ilha - Florianópolis
Quanto: Gratuito!

Confira a programação:

*30 de ABril- Quinta-Feira
Abertura Oficial - 21h
Show com Naná Vasconcelos

*01 de Maio - Sexta-Feira
15h - Rio Vermelho Quarteto
21h - Alessandro Kramer Trio

*02 de Maio - Sábado
15h - Roda de choro com músicos da Ilha e Arismar do Espírito Santo e Nailor Proveta
21h - Trio Madeira Brasil

*03 de Maio - Domingo
15h - Banda da Lapa do Ribeirão
17h - Yamandú Costa

*De 30 de Abril a 02 de Maio: Jam Session com Cássio Moura, Arnou de Melo e Mauro Borghezan no Centro Paroquial da Praça da Freguesia do Ribeirão - início às 23h.

Todos os shows acontecerão ao ar livre e serão gratuitos.
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http://www.freguesiacultural.com.br/page_instrumental_floripa.htm
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-O Coletivo Arterizar estará presente para apreciar este evento

sábado, 25 de abril de 2009

Divulgação de Evento

*Próximo evento do ciclo "Guitarríssimo", parceria entre Fundação Catarinense de Cultura-FCC e o Instituto Cervantes de Florianópolis.


-O QUÊ: Ciclo “Guitarrísimo” com Dani de Morón (guitarra flamenca)
-QUANDO: 27 de abril (segunda), 20h
-ONDE: Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), Rua Marechal Guilherme, 26, Centro, Florianópolis, fone: (48) 3028-8070.
-QUANTO: Gratuito (sujeito a lotação da sala – retirar ingressos com 1 hora de antecedência)

-SOBRE O ARTISTA:

Mesmo nascendo em Sevilha, em 1981, Dani de Morón sempre viveu em Morón de la Frontera, onde estudou com Alfonso Clavijo, aluno destacado do grande maestro de Morón, Diego del Gastor, e de Manolo Morilla. Mais tarde ampliou sua formação na academia de Matilde Coral com Manuel Corrales ‘El Mimbre’ e Curro Fernández. Em 1998 incorporou-se à Companhia de Antonio Canales. Desde então atuou com artistas como Montse Cortés, Joaquin Grilo, Manuela Carrasco, La Tana, Rafael de Utreta, Potito o Javier Latorre.
Compôs a música dos espetáculos “Inmigración” e “Femenino Plural”, da Companhia Flamenca Ángeles Gabaldón. Em 2007 foi premiado pela crítica como o melhor violonista de acompanhamento no trabalho discográfico “Ropavieja”, do cantor Arcángel, e trabalhou na turnê internacional de Concha Buika. Incorporou-se ao espetáculo “Meridiana”, do Ballet Flamenco de Javier Barón, e atuou como violonista acompanhante do inigualável Paco de Lucía, em sua turnê “Cositas Buenas”.
O concerto de Dani de Morón continua, em Florianópolis, o ciclo “Guitarrísimo”, do Instituto Cervantes, iniciado no mês de março de 2009 e dedicado ao violão em todas as suas formas e estilos. O ciclo começou em 1998, no Instituto Cervantes de Munique (Alemanha), e se espalhou por várias das cidades do mundo onde o Instituto está presente. O ciclo apresenta os principais intérpretes e repertórios para violão e instrumentos afins da Espanha e Hispanoamérica, países que tem, como o Brasil, o violão como um instrumento profundamente enraizado nas suas culturas musicais.

Fonte: FCC - www.fcc.sc.gov.br

Instituto Cervantes em Florianópolis

Segue abaixo artigo escrito para a primeira edição do nosso jornal ARTERIZAR:




Instituto Cervantes em Florianópolis



Momento de glória ou ternura? No mês de março houve a inauguração das atividades culturais do Instituto Cervantes na cidade de Florianópolis, considerada a maior instituição de ensino de espanhol e grande difusora da arte Ibero-americana. Através do ciclo “Guitarrísimo” (fruto de parceria com a Fundação Catarinense de Cultura-FCC), o Instituto Cervantes trouxe ao Brasil o aclamado violonista clássico espanhol, proveniente da região de Sevilha, José Maria Gallardo Del Rey.
Através de sua intimidade com o violão Gallardo Del Rey agradou a todos que estiveram presentes para se deliciarem através de suas interpretações. Em seu programa buscou transitar por diferentes extremos da música ibérica e latino-americana e também por suas composições próprias, inspiradas em poesias de Federico García Lorca, grande poeta espanhol. Antes do início do recital houve um pronunciamento de um dos diretores do Instituto Cervantes, mostrando sua alegria em inaugurar mais um ponto de disseminação da cultura ibérica no Brasil.
Neste momento é que me questiono! Será o Instituto Cervantes uma amostra do plano de política cultural do Governo de Santa Catarina, com o intuito de aumentar o incentivo a cultura, ou somente um fato isolado, e que dele não podemos esperar muito? Cabe a nós avaliarmos a intenção do Estado em fomentar a produção e a fruição artística, ou ficar no acalanto imobilizador, deixando toda uma riqueza cultural se perder no espaço e no tempo.
Espero que inaugurações como a do Instituto Cervantes sejam recorrentes em Santa Catarina e que haja maior divulgação dos eventos culturais promovidos, propiciando à população catarinense um maior contato com expressões artísticas de outros cantos do país e do mundo, como neste caso, porém sem nunca esquecer de valorizar também, ainda mais e sempre, a cultura local!

Caio Marques

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*Mais informações:
-Sobre o Instituto Cervantes-http://saopaulo.cervantes.es/es/sobre_nosotros_espanol.htm
-Endereço e contatos do Instituto Cervantes em Florianópolis-
Rua Esteves Júnior, 280 - Centro
CEP:88015-130 Florianópolis - SC
Tel: 48 - 3225 0224
Email: cenflo@cervantes.es

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Se Conhecer


O Brasil se conhece? O catarinense se conhece?


De Lindolf Bell

Semanário

Na segunda-feira trabalho.
Afio enganos, anos e anos.

Na terça-feira trabalho.
Faço promessas de vagar
e de pressas.

Na sexta-feira trabalho.
Descubro um buraco na calça.
Outro buraco na alma.
Liquido a traça.

Na quarta-feira trabalho.
Empilho o tédio em caixas.
Penduro em branco nas ruas,
as faixas.

Na quinta-feira trabalho.
Esqueço um percevejo
no fundo da gaveta
do desejo.

Sábado trabalho.
No fonema, no poema.
No sonho entalado da verdade.
No dilema da felicidade.

No domingo
sento numa praça deserta.
E penso, covarde,
na próxima semana
escrita no livro da liberdade.
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*Imagem: " Un sudamericano a Venezia ", de Juarez Machado

Hein!?

Você, que sempre quis o resumo da última bienal de arte de São Paulo, achou! Por apenas um clique ou pequena digitação no seu navegador, te oferecemos uma resenha completa para ser utilizada em trabalhos na aula de "Artes" do ensino médio, perguntas do dia-a-dia feitas por intelectuais nas ruas do centro de sua cidade em pleno "rush", telefonemas secretos onde a resposta vale 1 milhão de reais, e as mais variadas situações que você possa precisar!


"Falácia: Bienal São Paulo 2008



O vazio só há de existir
Quando se contempla o cheio"

Raul Machado

terça-feira, 14 de abril de 2009

O ímpeto dos artistas

Segue abaixo o texto escrito para a seção "História da Arte" do primeiro número do Jornal ARTERIZAR.


O ímpeto dos artistas


Pinturas nas cavernas, em rochas. Tambores xamânicos. Danças indígenas, com suas vestimentas e suas pinturas no corpo. Adereços. Ferramentas trabalhadas. Decoração. Arquitetura. Comida.
No mundo, talvez foram estas, citadas acima, as primeiras manifestações artísticas do ser humano. Manifestações incorporadas em rituais, tradições, crenças, jogos e no cotidiano, na morada, no ambiente de trabalho, acima da mesa onde se comia, na própria mesa e outros móveis e nos espaços de convivência social. Arte para se exibir, para melhor viver, para adorar aos deuses, para o comércio, a guerra, para comer, para contar a História; Para viver.
Nesta seção do jornal estaremos sempre trazendo a história de movimentos artísticos, de grandes obras e artistas, conhecidos ou não, regionais ou internacionais, daqui ou acolá.
Mas para começo de conversa, por que esperamos que isto seja uma conversa, daquelas informais que não deixam de ser interessantes/importantes, decidimos iniciar esta seção falando da Arte em si, do ímpeto do ser humano de “arterizar”, fazer arte, de todas as formas possíveis, com os mais variados objetivos, com as mais diversas causas e instigações, ou não, que possam existir para brincar de Arte.
O que hoje conhecemos por cinema, escultura, fotografia, teatro, artes plásticas, música, literatura, dança, moda, arquitetura, gastronomia, design e outras manifestações artísticas, tiveram suas origens juntas à origem do ser humano, ali entre o “big-bang” e Adão e Eva. Algumas destas artes derivaram de outras, outras se aperfeiçoaram de tal maneira que já não parecem as mesmas, mas assim também foi a história social do ser humano. E a arte sempre nos acompanhou, mesmo quando proibida, censurada, cerceada, seja pela igreja, pelo Estado, pelo mercado ou pelo preconceito.
Arte é expressão, é comunicação. Arte é pensamento, conceito, filosofia, revolução. Arte é hábitat, comportamento, conforto, cotidiano. Arte é prazer, entretenimento, rir. Inerente ao ser humano ou não, não queremos entrar nesta discussão, mais pela falta de espaço do que de importância da questão, mas que a Arte é fundamental não temos dúvida. E antes de discutir a Arte a partir do século XV até os dias atuais, que seria a parcela da História da Arte mais conhecida e difundida, resolvemos papear aqui sobre os primórdios do fazer Arte, e também do que temos logo após, nas manifestações artísticas do Império Romano, da Grécia, do Império Bizantino, do Egito antigo, das populações nativas de países fora do badalado circuito europeu, etc. Que foram períodos de grande aprendizado técnico, quando podemos ver nos grandes totens, nas esculturas incrustadas em colunas, nas estátuas de imperadores e nas cenas de caças gravadas em pedras a germinação do pensamento fotográfico, cinematográfico, teatral, e por aí vai.
Resumido? Sim. Muito resumido? Claro. Mas isto é um resumo muito resumido mesmo. Um beliscão, um selinho, um aperitivo, como preferirem. Nas outras edições não iremos seguir linha cronológica nenhuma, só para avisar aos mais sistemáticos. E se formos seguir alguma linha, que seja a do pincel. Até mais.

Raul Machado

Em Maio

Em maio o Coletivo Arterizar pretende lançar o primeiro número de seu jornal e realizar a exposição "Roletas Poéticas", no CFH/UFSC. Mais informações em breve.