O Brasil se conhece? O catarinense se conhece?
De Lindolf Bell
Semanário
Na segunda-feira trabalho.
Afio enganos, anos e anos.
Afio enganos, anos e anos.
Na terça-feira trabalho.
Faço promessas de vagar
e de pressas.
Faço promessas de vagar
e de pressas.
Na sexta-feira trabalho.
Descubro um buraco na calça.
Outro buraco na alma.
Liquido a traça.
Descubro um buraco na calça.
Outro buraco na alma.
Liquido a traça.
Na quarta-feira trabalho.
Empilho o tédio em caixas.
Penduro em branco nas ruas,
as faixas.
Empilho o tédio em caixas.
Penduro em branco nas ruas,
as faixas.
Na quinta-feira trabalho.
Esqueço um percevejo
no fundo da gaveta
do desejo.
Esqueço um percevejo
no fundo da gaveta
do desejo.
Sábado trabalho.
No fonema, no poema.
No sonho entalado da verdade.
No dilema da felicidade.
No fonema, no poema.
No sonho entalado da verdade.
No dilema da felicidade.
No domingo
sento numa praça deserta.
E penso, covarde,
na próxima semana
escrita no livro da liberdade.
sento numa praça deserta.
E penso, covarde,
na próxima semana
escrita no livro da liberdade.
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*Imagem: " Un sudamericano a Venezia ", de Juarez Machado
sudamericano em veneza? nao so sudamericano como portenho...
ResponderExcluirja ja chego ai pra engrossar o caldo.
camila
Guri, tu tá cada vez melhor,né??Adorei!!
ResponderExcluirBjos
Tante