*Por Raul Machado e Artério Arteiro
O cheiro de podre
Não é daquele queijo...
To avisando!
Ah, que saudades!
De quando queijo rimava com beijo
Meu olfato tem a memória
De uma nega-maluca
Na glória
De louça com detergente
Quando fui
Criança inconseqüente
De chuva com grama
Quando na infância
Ela disse, com selinhos, que me ama
De perfume
Quando de noite
Minha elegância enfim se assume
De vento
Quando a claustrofobia
Deixa-me um pouco tenso
De vinho
Quando escrevo merda
E me arrependo, ou não,
Mas sempre sozinho.
E o podre?
As baratas de gravatas
Já jantaram. E você?
Já te serviram coisas piores
E teve quem comeu
Sem pormenores...
Ah, que saudades,
De quando queijo rimava com beijo.
(Artério Arteiro incorporado em Raul Machado através de uma sessão de vinho chileno, confirmando o aparecimento de um fungo altamente nocivo no Ser, ou não ser, Humano).
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