*De Raul Machado
Caminho Cinza – São Paulo em Transe(to)
A moto grita
A flor morta
Já não me irrita
O caminhão chora
A fumaça me entorta
E nas linhas de vida escassa
São Paulo não tem hora
Aqui o achado é perdido
E quem procura vai se perdê
Bebendo uísque com Tietê
São Paulo...
O verde é preto
A alface é veneno
A fuligem, tempero
O jardim, asfalto
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Era uma vez um ex-burguês
Pelos gestos
Ritmos e restos
E o que te resta
Vejo
Que não és
Mais o mesmo
Sobrou só
O que presta
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A
-Qual sua letra predileta?
-A letra A, a grande seleta!
-Por quê? Não creio que sejam palavras sinceras.
-Quê? Já vistes como a letra A tem as mais formosas pernas?
O poema chega a caminhar, sedutor, como se tivesse o alfabeto inteiro para amar.
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