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terça-feira, 14 de abril de 2009

O ímpeto dos artistas

Segue abaixo o texto escrito para a seção "História da Arte" do primeiro número do Jornal ARTERIZAR.


O ímpeto dos artistas


Pinturas nas cavernas, em rochas. Tambores xamânicos. Danças indígenas, com suas vestimentas e suas pinturas no corpo. Adereços. Ferramentas trabalhadas. Decoração. Arquitetura. Comida.
No mundo, talvez foram estas, citadas acima, as primeiras manifestações artísticas do ser humano. Manifestações incorporadas em rituais, tradições, crenças, jogos e no cotidiano, na morada, no ambiente de trabalho, acima da mesa onde se comia, na própria mesa e outros móveis e nos espaços de convivência social. Arte para se exibir, para melhor viver, para adorar aos deuses, para o comércio, a guerra, para comer, para contar a História; Para viver.
Nesta seção do jornal estaremos sempre trazendo a história de movimentos artísticos, de grandes obras e artistas, conhecidos ou não, regionais ou internacionais, daqui ou acolá.
Mas para começo de conversa, por que esperamos que isto seja uma conversa, daquelas informais que não deixam de ser interessantes/importantes, decidimos iniciar esta seção falando da Arte em si, do ímpeto do ser humano de “arterizar”, fazer arte, de todas as formas possíveis, com os mais variados objetivos, com as mais diversas causas e instigações, ou não, que possam existir para brincar de Arte.
O que hoje conhecemos por cinema, escultura, fotografia, teatro, artes plásticas, música, literatura, dança, moda, arquitetura, gastronomia, design e outras manifestações artísticas, tiveram suas origens juntas à origem do ser humano, ali entre o “big-bang” e Adão e Eva. Algumas destas artes derivaram de outras, outras se aperfeiçoaram de tal maneira que já não parecem as mesmas, mas assim também foi a história social do ser humano. E a arte sempre nos acompanhou, mesmo quando proibida, censurada, cerceada, seja pela igreja, pelo Estado, pelo mercado ou pelo preconceito.
Arte é expressão, é comunicação. Arte é pensamento, conceito, filosofia, revolução. Arte é hábitat, comportamento, conforto, cotidiano. Arte é prazer, entretenimento, rir. Inerente ao ser humano ou não, não queremos entrar nesta discussão, mais pela falta de espaço do que de importância da questão, mas que a Arte é fundamental não temos dúvida. E antes de discutir a Arte a partir do século XV até os dias atuais, que seria a parcela da História da Arte mais conhecida e difundida, resolvemos papear aqui sobre os primórdios do fazer Arte, e também do que temos logo após, nas manifestações artísticas do Império Romano, da Grécia, do Império Bizantino, do Egito antigo, das populações nativas de países fora do badalado circuito europeu, etc. Que foram períodos de grande aprendizado técnico, quando podemos ver nos grandes totens, nas esculturas incrustadas em colunas, nas estátuas de imperadores e nas cenas de caças gravadas em pedras a germinação do pensamento fotográfico, cinematográfico, teatral, e por aí vai.
Resumido? Sim. Muito resumido? Claro. Mas isto é um resumo muito resumido mesmo. Um beliscão, um selinho, um aperitivo, como preferirem. Nas outras edições não iremos seguir linha cronológica nenhuma, só para avisar aos mais sistemáticos. E se formos seguir alguma linha, que seja a do pincel. Até mais.

Raul Machado

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